Uma dessas práticas chama-se Transmutação das Forças Cósmicas, ensinada pelo venerável mestre Rabolu. Eis o que este mestre ensina:
A Trasmutação das Forças Cósmicas é uma prática revolucionária. Devemos saber que o planeta é um Grande Ser vivo, ele vive da energia que é transmutada por cada Ser vivo, que constitui-se em suas células vitais. Assim, por causa da degeneração humana, a energia que os seres humanos mandam para a Terra tem se deteriorado. Através desta prática, beneficiamos a Mãe Natureza e a humanidade, e transformamos nosso corpo num veículo de transmutação de Energias Cósmicas.
Antes de iniciar essa prática, deve-se realizar a Dança dos Dervixes para aquietar a mente, e assim, quando a realizarmos, a mente estará quieta e dará melhores resultados. Pode-se fazer a dança antes de outras práticas…
Ao entrarem essas Forças Cósmicas por nosso organismo, é lógico que este vai respirar mais vida. Essas forças entram dentro de nós funcionando e permitindo adquirir muito mais Força para seguir no Caminho Iniciático.
Ao passar por nosso organismo, transmitimos essa Força à Terra e a Terra, através de nós, desprende outras forças, que vão formar parte da Força Cósmica. Há uma coordenação de duas forças para maior vitalidade do planeta Terra.
Nós somos transmutadores de energias, não somente a sexual, mas também a Energia Cósmica. Assim, começaremos a trabalhar devidamente, servindo como instrumentos do Cosmo para a Terra e vice-versa.
A Prática
Colocando as palmas das mãos, esticando-as, formando uma cruz ou simplesmente pondo-as sobre os joelhos, em posição de receber, sentados numa cadeira (com os pés descalços em contato com a terra) ou encostados numa árvore, também com os pés em contato com a terra, realizaremos a prática, após realizarmos um círculo mágico de autoproteção e um relaxamento.
Imaginaremos que a energia cósmica vai penetrando pela glândula pineal (no topo da cabeça) e pelas palmas das mãos, e vai fazendo todo o seu percurso pelo organismo, até que ela se transmuta pelas plantas dos pés até a terra.
Depois, imaginaremos a energia que vem da Terra, subindo por nosso corpo, entrando pela planta dos pés e realizando o caminho contrário, em direção ao Cosmo, então a energia é transmutada nas palmas das mãos e pela glândula pineal, indo para o Cosmo.
Depois, podemos voltar a imaginar a energia cósmica descendo, e assim por diante.
Nós nos converteremos, dessa forma, em mediadores do Cosmo e da Terra e aí vai aquilo que se chama Amor, porque com essa prática estaremos trabalhando não somente para nós, mas pelo próprio planeta e por toda a Humanidade.
Ao nos converter em intermediários entre o Cosmo e a Terra, essas energias, ao passarem por nosso organismo, deixam uma grande força, incomparável com o que vai sentir a pessoa dentro de si mesma, porque por onde passa uma força, fica algo construtivo, e de uma vez, a pessoa é qualificada como um Ser de GRANDE AMOR, porque não somente trabalha para si, mas para todo o Planeta e para toda a Humanidade.
Vejamos. Temos a água, a terra, o ar (pois os sacrifícios e os atos de culto se realizavam ao ar livre, isto é no espaço contínuo do "céu"); mas nos falta o outro fator essencial: o fogo, o raio, a força energética e cósmica, a radiação que tudo o transforma. Em uma palavra nos falta o deus mesopotâmico que os sumérios chamavam En-lil, o vento cósmico. a radiação cósmica. Pois bem, Salomão e Hiram haviam entendido que o raio descarrega preferencialmente no metal, e que o melhor modo de atraí-lo era "fabricar pára-raios sagrados" capazes de processar sua força. E além disso, não eram de metal os meteoritos procedentes do espaço?; não se esquentam mais os metais que as pedras expostas aos raios do sol? Sendo assim, o raio e as radiações "magnetizam". Vejamos o que acontece com a água. O sol carrega diretamente de magnetismo a água como a todo outro corpo, e a polaridade resultante será negativa, também o resplendor da lua magnetiza a água, e a polaridade também resultará negativa. Os cristais carregam a água de magnetismo, que emana de seus pólos e correspondem a ambas as polaridades. O imã carrega de magnetismo a água, e este emanará de cada um dos dois pólos. A água pode ser carregada magneticamente por indução elétrica, seja positiva, seja negativamente, segundo a direção da corrente. Todo corpo que seja submerso na água a carrega de magnetismo positivo. O magnetismo resultante de um processo químico carregará a água com sua polaridade própria. Se fontes tão diversas podem carregar magneticamente a água, será oportuno recordar que nosso organismo é composto em grande parte de água (uns 70%), portanto o ser humano não seria mais que um caso especial da magnetização da água.
Eletromagnetismo e magiaQuando se fala de magnetismo, é impossível não falar de eletricidade, de fenômenos elétricos, de correntes elétricas e do modo de produzi-las, de diferenças de potenciais, de tensões, de eletrolitos, de eletrodos, de íons, de elétrons, de intercâmbios quânticos, do efeito fotoelétrico... Desde sempre suspeitou-se que a antiga magia de alguma maneira tinha algo que ver com o eletromagnetismo e que a alquimia, no fundo, perseguia o ideal das reações termonucleares. E no entanto nunca, por complexo de superioridade, foi abordada a perspectiva de averiguar se por casualidade gente como Salomão e demais ocultistas, à vista dos dispositivos e materiais que usavam, e das "idéias acerca da natureza e vida do universo, assim como de sua origem", (dos conceitos de energia, formas de energia, transformação de energia, ondas, eletrons, fotons, átomos, moléculas, campos elétricos e magnéticos de forças, etc., em definitivo; eles foram os autores, assim como de radiações, transmutações, ação de distância, etc.) não eram considerados "magos" por dominar esses conhecimentos e aplicá-los a utilidades práticas, conforme tecnologias simples. Magia e ciência Não nos esquecemos, acerca do que cabe pensar de sua fama de "magos", que na realidade todos os homens de ciência, possuidores de alguns conhecimentos e algumas técnicas que estão longe do alcance do saber vulgar e comum das massas, aos olhos destas realizam prodígios "mágicos". E que a história é melhor manifestada pelos "homens de letras que de ciência", ou melhor, pessoas cuja inteligência não se encontra precisamente dedicada a averiguar os mistérios da física, da química e da biologia, ramos do saber que frenqüentemente os encontram a nível de analfabetos e semianalfabetos. Existem indícios sérios de que o grande saber oculto, de Salomão neste caso, fosse oculto porque era ininteligível para a imensa maioria dos homens de sua época, e que esse saber, era escarvado em busca do sentido recôndito das religiões sumérias e egípcias das épocas mais longínquas, se fossem decifradas as analogias das linguagens e relatos míticos, indubitavelmente posteriores, ou obra de pessoas não versadas em matéria, aparece simples e majestosamente como ciência, experimental, teórica e aplicada. |
A aquisição do conhecimento
Costuma-se objetar, a propósito, que é impossível que homens vivos há milhares de anos possam ter usado sua inteligência de maneira semelhante aos cientistas de nossos dias "porque careciam de meios e de métodos", e todo o mundo se cala, porém resulta que a objeção somente aparentemente tem força, e em seguida vamos ver como não é mais que um sofisma. Abordemos a questão por partes. Primeiro, qualquer ser humano, no momento de nascer, e da mesma forma que nasça em 1986 ou tenha nascido no ano 20000 a.C., não possui ciência infusa nenhuma. Enquanto indivíduo, possui "curiosidade de saber" e capacidade de observação. A sociedade em que nasceu lhe "ensina", porém nem todos se conformam com receber passivamente "os saberes oficiais de sua época"; sempre existe quem não ache satisfatórias as explicações e as respostas que são en- sinadas, não por espírito de contradição, mas porque obviamente descobre que não são mais que hipóteses dogmatizadas, pontos de vista parciais, aparentemente sólidos não por vera- cidade essencial, mas por virtude de coerência lógico-sistemática-estrutural.Ciência e tecnologia heterodoxas
Esta vitalidade crítico-construtiva do ser humano não é monopólio da sociedade ocidental do século XVII e seguintes; e se não a ver como foram construídas as pirâmides e as máquinas a vapor e a ar comprimido dos egípcios, ou as pilhas elétricas de Bagdá, ou os discos magnéticos da Mongólia, ou a cartografia suméria e egípcia, etc. Por arte de magia? Como se conheceu a astronomia e foram confeccionados os calendários astronômicos? Para que foram feitas as lentes telescópicas da Mesopotâmia, da Austrália central e da civilização pré-incáica? Como foi possível a metalurgia e a navegação, se consta que a bússola e o magnetismo não eram nenhum mistério para os antigos? Tudo isso foi realizado não racionalmente, por "azar", assistematicamente, por "acaso"? Tudo isso foi feito usando ordenadamente, isto é, com método, a inteligência e as observações e dados recolhidos por esta. E quanto à questão de que não dispunham, em épocas longínquas, de aparelhos e instrumentos, a coisa dá um pouco de riso. Sejamos sinceros. De quais instrumentos dispunham Galvani, Volta, Galileu, Faraday, Franklin, Edison, etc.? Ninguém pretende tirar destes grandes personagens da história de nossa Ciência a glória que merecem, porém se eles conseguiram realizar suas decisivas descobertas com instrumentos mínimos, precários, etc., se a Newton foi suficiente refletir sobre o porque caiu uma maçã sobre sua cabeça para tirar da manga a teoria da gravitação universal, porque não conceder a pensadores de épocas longínquas, vistos os resultados práticos de sua ciência em obras e realizações, a mesma capacidade de efetuar descobertas e configurar teorias científicas idênticas, análogas ou semelhantes às que efetuaram os pioneiros e fundadores do saber científico de nosso tempo e de sua tecnologia derivada?As Quatro Grandes Colunas do Conhecimento Gnóstico
“Investigamos nas fontes da China, nas obras sânscritas da Índia, nos velhos manuscritos tibetanos... Nos preocupamos pelo estudo das peças arqueológicas, investigamos profundamente muitos códices, analisamos a sabedoria das antigas civilizações, realizamos estudos comparativos entre o México, Egito, Índia, Tibete, Grécia, etc., etc., e chegamos à conclusão de que a Sabedoria Universal é sempre a mesma, só mudam seus aspectos, de acordo com os povos, nações e línguas.” (Samael Aun Weor, na conferência: “Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?”)A FILOSOFIA
Realmente a Gnose, como filosofia, implica sempre uma mensagem, uma orientação, um ensinamento dirigido sempre para a Consciência do ser humano, que convida o homem à reflexão consciente. A filosofia gnóstica busca sempre, mediante uma reflexão serena, elevar o homem às alturas do Real Ser (o divino que existe em cada criatura humana).O gnóstico filósofo ama a sabedoria e busca sem descanso a verdade que existe em suas profundezas mais íntimas.
Quando se fala de filosofia, é um grave erro referir-se apenas à filosofia dos antigos gregos, à filosofia de um Platão, um Sócrates ou um Sólon.
Realmente, como filosofia, a Gnose é uma atividade muito natural da Consciência e brota, como já afirmamos, de diversas latitudes. Aqueles que pensam que sua origem está unicamente na Grécia, na Pérsia, no Iraque ou na Palestina, ou na Europa medieval, estão equivocados; a Gnose, como Philosophia Perennis et Universalis, se encontra em qualquer obra hindu, em qualquer pedra arqueológica etc.
Chegou a hora de compreender que em todos os países do mundo palpita a sabedoria oculta. Chegou a hora de entender que sob as pirâmides do Egito floresceu a sabedoria dos hierofantes. Chegou o momento de saber que nas pirâmides de Teotihuacan ainda se escuta o Verbo que ressoa dos antigos mestres de Anahuac...
Em nome da verdade, temos que dizer que a sabedoria cósmica vibra e palpita em tudo o que foi, é e será.
Através do tempo, distintos Hierofantes do saber resplandeceram na noite profunda de todas as idades; ora Hermes Trismegisto, o Três Vezes Grande Deus Íbis de Thot, gravando sua sapiência na Tábua Esmeraldina; ora os grandes sábios da antiga Grécia, ensinando às multidões nos Mistérios de Eleusis; ora os sacerdotes Incas, que brilharam como sóis resplandecentes no Alto Cuzco do Peru; ora a sapiência soberana dos grandes iniciados de Anahuac.
Sim, por aqui, lá e acolá resplandece a sabedoria de todas as idades, a sabedoria oculta.
Este é um momento de confusão; a humanidade se encontra em estado caótico, há crise mundial e bancarrota de todos os princípios éticos e morais. As pessoas se lançaram à guerra, uns contra outros e todos contra todos.
Nestes momentos, não nos resta mais remédio que aprofundar-nos na sabedoria do passado, extrair dos códices a orientação precisa para guiar-nos no momento presente, beber na fonte tradicional da augusta sabedoria da natureza, buscar as vertentes originais da sapiência cósmica.
Este, amigo leitor, é o propósito da Antropologia Gnóstica. Mediante um estudo amplo, a Antropologia Gnóstica busca redefinir aqueles PRINCÍPIOS ÉTICOS que constituem a pedra fundamental das grandes culturas do passado.
A Antropologia Gnóstica é uma Antropologia Psicoanalítica. Podemos, por meio da psicoanálise, extrair de cada peça (nicho, pirâmide, tumba etc.), os princípios psicológicos contidos em tais peças.
Através da Antropologia Gnóstica, conhecemos os distintos cenários do mundo, esquadrinhando neles os arcanos ou segredos que, de forma transcendente, lancem luz sobre os controvertidos enigmas da existência.
Chegou o momento em que devemos voltar a estudar os ensinamentos do passado, mas com a visão correta, sabendo extrair, da letra morta, o espírito que dá vida.
É evidente, contudo, que sem uma prévia informação sobre Antropologia Gnóstica, será mais que impossível o estudo rigoroso das diversas peças antropológicas das culturas Asteca, Tolteca, Maia, Egípcia etc.
Em questões de “antropologia profana” (desculpem-me a similitude), se se quer conhecer resultados, deixe-se um macaco, símio ou mico em plena liberdade dentro de um laboratório e observe-se o que acontece.
Os códices mexicanos, papiros egípcios, tijolos assírios, pergaminhos do Mar Morto, estranhos pergaminhos, templos antiquíssimos, monólitos sagrados, velhos hieróglifos, pirâmides, sepulcros milenares, etc., oferecem, em sua profundidade simbólica, um sentido Gnóstico que, definitivamente, escapa à interpretação literal e que nunca teve um valor explicativo de índole exclusivamente intelectual.
O racionalismo especulativo dos antropólogos e historiadores modernos, em vez de enriquecer a linguagem, a empobrece terrivelmente, já que os relatos gnósticos, escritos ou alegorizados em qualquer forma artística, orientam-se sempre para o SER. E é nesta interessantíssima linguagem da Gnose, semi-filosófica e semi-mitológica, onde se apresentam uma série de invariantes extraordinárias, símbolos com um fundo esotérico que falam à Consciência em silêncio. Bem sabem os Divinos e os humanos que “o silêncio é a eloquência da Sabedoria”.
A ARTE
Existem dois tipos de arte: primeiro, a arte subjetiva que a nada conduz; segundo, a Arte Régia da Natureza, a arte objetiva, real, transcendental.Obviamente, esta última arte contém em si mesma preciosas verdades cósmicas... Esta, amigos, é a arte gnóstica, a arte que encontramos em todas as peças antigas, nas pirâmides e nos velhos obeliscos, nos hieróglifos e nos baixos-relevos do Egito dos Faraós, em todas as obras do México antigo, nas relíquias arqueológicas dos Maias, Astecas, Zapotecas, Toltecas, etc.; nos velhos pergaminhos da Idade Média, nas pinturas e esculturas de Michelangelo; na música de Beethoven, Mozart, Lizst, Richard Wagner, nas obras da literatura universal, a Ilíada de Homero, a Divina Comédia de Dante etc.
Indubitavelmente, a arte gnóstica se baseia na “Lei do Sete”, na “Lei do Eterno Heptaparaparshinock” (a lei que põe em ordem todo o criado: os sete dias da semana, as sete cores do prisma, as sete notas musicais etc.).
Quando se descobre qualquer relíquia, qualquer peça arqueológica, normalmente se pode observar certas inexatidões intencionais, pequenas rupturas que quase sempre são atribuídas à picareta dos trabalhadores. Em todo caso, qualquer inexatidão dentro da “Lei do Sete” foi colocada intencionalmente, como para indicar-nos que ali, naquela peça, se transmite à posteridade um ensinamento, uma doutrina, uma verdade cósmica.
Com as pinturas acontece a mesma coisa; a “Lei do Sete” domina todas essas pinturas antigas. Todas as gravuras e desenhos dos astecas, maias, egípcios, fenícios, etc., transmitem preciosos ensinamentos. Também encontramos belas representações de grandes ensinamentos em todos esses velhos quadros medievais, nas catedrais góticas etc.
Recordemos a Gioconda, por exemplo. Nessa magna obra podemos ver a Divina Mãe, “Stella Maris”, como diziam os alquimistas medievais, a Virgem do Mar, que guia sabiamente os trabalhadores da Grande Obra. Entre os astecas ela é Tonantzin, entre os gregos é a casta Diana, entre os egípcios é Ísis, a Mãe Divina, a quem nenhum mortal levantou o véu... Não é demais aclarar de forma enfática que cada um de nós tem sua própria Mãe Divina particular, individual.
Realmente devemos afirmar que a Arte Régia da Natureza é um meio transmissor dos ensinamentos cósmicos.
As danças sagradas, por exemplo, eram verdadeiros livros informativos que transmitiam deliberadamente certos conhecimentos cósmicos transcendentais.
Os dervixes dançantes não ignoravam as “sete tentações” mutuamente equilibradas dos organismos vivos.
Os dançarinos antigos conheciam as sete partes independentes do corpo e sabiam muito bem o que são as sete linhas distintas do movimento. Os dançarinos sagrados sabiam muito bem que cada uma das sete linhas do movimento possui sete pontos de concentração dinâmica.
Os dançarinos da Babilônia, da Grécia e Egito não ignoravam que tudo isto cristalizava no átomo dançarino e no planeta gigantesco que dança ao redor de seu centro de gravitação cósmica.
Se pudéssemos inventar uma máquina que imitasse com plena exatidão todos os movimentos dos sete planetas de nosso sistema solar ao redor do sol, descobriríamos com assombro o segredo dos dervixes dançantes. Realmente, os dervixes dançantes imitam, com perfeição, todos os movimentos dos planetas ao redor do Sol.
As danças sagradas dos templos do Egito, Babilônia, Grécia, etc., vão ainda mais longe, transmitindo tremendas verdades cósmicas, antropogenéticas, psicobiológicas, matemáticas etc.
O sábado, o dia do teatro, o dia dos Mistérios, foi muito popular nos antigos tempos. Então se apresentavam dramas cósmicos maravilhosos.
O drama serviu para transmitir aos iniciados valiosos conhecimentos. Por meio do drama, transmitiu-se aos iniciados diversas formas de experiência do Ser e manifestações do Ser.
Entre os dramas, o mais antigo é o do Cristo Cósmico. Os iniciados sabiam muito bem que cada um de nós deve converter-se no Cristo de tal drama, se é que de verdade aspiramos o Reino do Super-Homem.
Os dramas cósmicos se baseiam na “Lei do Sete”. Certos desvios inteligentes de tal lei, como dissemos, foram sempre utilizados para transmitir ao neófito conhecimentos transcendentais.
Em música, é bem sabido que certas notas podem produzir alegria no centro pensante, outras podem produzir tristeza no centro sensível e, por último, outras podem produzir religiosidade no centro motor.
Realmente, os velhos Hierofantes jamais ignoraram que o conhecimento íntegro somente pode ser adquirido com os três cérebros; um só cérebro não pode dar informação completa.
A dança sagrada e o drama cósmico, sabiamente combinados com a música, serviram para transmitir aos neófitos tremendos conhecimentos arcaicos de tipo cosmogenético, psicobiológico, físico-químico, metafísico, etc.
Cabe aqui mencionar também a escultura. Esta foi grandiosa em outros tempos. Os seres alegóricos cinzelados na dura pedra revelam que os velhos Mestres não ignoraram nunca a “Lei do Sete”.
Recordemos a Esfinge de Gizé, no Egito. Ela nos fala dos quatro elementos da natureza e das quatro condições básicas do Super-Homem.
Contudo, conforme o ser humano se precipitou pelo caminho da involução e da degeneração, conforme foi se tornando cada vez mais e mais materialista, seus sentidos também foram se deteriorando e degenerando, e o amor pela verdadeira sabedoria, como é lógico, foi desaparecendo.
Depois da Segunda Guerra Mundial nasceram a filosofia e a arte existencialistas. Quando vimos os atores existencialistas em cena, chegamos à conclusão de que são verdadeiros doentes, maníacos e perversos.
Os artistas de cada nova geração se converteram em verdadeiros apologistas da dialética materialista. Todo alento de espiritualidade desapareceu da arte ultramoderna.
Está comprovado pela observação e experiência que a ausência de valores espirituais produz degeneração.
Os artistas modernos já nada sabem sobre a “Lei do Sete”, nada sabem de Dramas Cósmicos, nada sabem sobre as Danças Sagradas dos antigos Mistérios.
A pintura atual, a música, a escultura, o drama, etc., não são senão o produto da degeneração.
Já não aparecem no cenário os iniciados de outros tempos, as dançarinas sagradas, os verdadeiros artistas dos grandes tempos. Agora só aparecem nos palcos autômatos doentes, cantores degenerados, rebeldes sem causa.
Os teatros ultramodernos são a antítese dos teatros sagrados dos grandes mistérios do Egito, Grécia, Índia etc.
A arte atual é tenebrosa, é a antítese da Luz, e os artistas modernos são tenebrosos.
A pintura surrealista e marxista, a escultura ultramoderna, a música afro-cubana e as bailarinas modernas são o resultado da degeneração humana.
Os rapazes e moças das novas gerações recebem, por meio de seus três cérebros degenerados, dados suficientes para converterem-se em estelionatários, ladrões, assassinos, bandidos, homossexuais, prostitutas, etc.
Ninguém faz nada para acabar com a arte ruim e tudo caminha para uma catástrofe final por falta de uma Revolução da Dialética...
A CIÊNCIA
Quando falamos em ciência, pensamos na Ciência Pura, não nessa podridão de teorias que hoje abundam por toda parte; ciência pura como a da Grande Obra, a ciência dos alquimistas medievais; ciência pura como a de um Paracelso ou a de um Paulo de Tarso; ciência pura como a que utilizaram Jesus ou Moisés para realizar prodígios.A ciência pura é experiência direta, vívida e real. A ciência pura é ética superior, análise posta a serviço do SER.
A ciência destes tempos é uma ciência falsa, uma ciência cheia de interesses personalistas; uma ciência que não respeita os interesses espirituais do ser humano; uma ciência onde o fim justifica os meios, ainda que estes incluam o sofrimento físico e psicológico de qualquer criatura vivente; uma ciência para a qual a palavra “progresso” serve para justificar as mais terríveis atrocidades.
Além disso, a ciência de hoje em dia é uma ciência que afirma dogmaticamente uma tese e amanhã, com essa soberba que a caracteriza, afirma totalmente o contrário. Uma ciência cheia de contradições, que paradoxalmente diz acreditar só no que vê e, não obstante, sustenta com firmeza hipóteses absurdas que nunca foram comprovadas. Esta é a ciência moderna...
Atualmente, estão sendo feitos certos comentários muito simpáticos. A ciência materialista inventa todos os dias novas hipóteses. Estabeleceu-se uma cadeia curiosa e ridícula por excelência com relação aos nossos possíveis antepassados. Como rei dessa cadeia aparece o tubarão, do qual descendem, segundo dizem os antropólogos, os lagartos. Teoria que chega a ser ridícula, não?
Depois, prosseguem com o famoso oposum, criatura similar ao crocodilo, um pouquinho mais evoluída segundo enfatizam. Daí passam, seguindo o curso da grande cadeia de maravilhas, para certo animalzinho ao qual se tem dado muita importância. Refiro-me de forma enfática aos lêmures. Atribuem-lhes uma placenta discoidal, questão que é refutada pelos zoólogos.
Contradições gigantescas são encontradas nos labirintos da falsa ciência, que prossegue dizendo que dos lêmures, que podem ter existido há uns 150 milhões de anos, descende por sua vez o macaco e, por fim, o gorila. Nessa fantástica cadeia, o gorila é o nosso antecessor imediato, o predecessor do homem.
Alguns antropólogos não deixam de encaixar nestas questões o pobre rato, e até querem inclui-lo nesta cadeia. Como? De que maneira? Procuram semelhanças, querem fazer crer que a forma da cabeça e da boca do tubarão dá origem a outros mamíferos, entre eles o irmão rato.
Isso de que certos traços do rosto se parecem não pode servir de base para a hipótese de uma possível descendência. Isso é no fundo tão empírico como supor que o homem foi feito de barro, no sentido literal, sem perceber que a frase tem um sentido simbólico.
Onde estão os elos? Como é possível que do esqualo, sem mais nem menos, da noite para o dia ou através de uns quantos séculos, apareça o lagarto? Milhões de anos se passaram e os tubarões continuam tranquilos. Nunca se viu nascerem novos lagartos de uma espécie de tubarão, seja no Atlântico ou no Pacífico.
Contudo, não são eles por acaso os senhores da ciência materialista, que dizem que não acreditam senão no que vêem, que não aceitam nada que não hajam visto? Que terrível contradição! Acreditam em suas hipóteses e nunca as viram.
São esses mesmos cientistas modernos os que se opõem a essa questão das dimensões superiores da natureza e do cosmos. A que se deve isso? Simplesmente a que suas mentes estão decrépitas, degeneradas, não conseguem ver além de seus narizes, isso é óbvio.
Que existe uma quarta coordenada, uma quarta vertical, é inegável, mas isso incomoda os materialistas. No entanto, Einstein aceitou a quarta dimensão.
Em matemática, ninguém pode negar a quarta vertical. Mas os materialistas desta época nem sequer consideram que possa existir outra dimensão ou dimensões superiores na natureza. Querem, à força, que nos encerremos ou nos auto-encerremos todos no mundo tridimensional de Euclides. E, devido a essa falsa posição absurda, o avanço da física está completamente paralisado.
A estas horas, já deveriam existir naves cósmicas capazes de viajar através do infinito, mas tal aspiração não seria possível enquanto a física continue engarrafada no dogma tridimensional de Euclides.
Não está longe o dia em que estas dimensões da Natureza poderão ser vistas através de sofisticados aparelhos de ótica. Mas até esse dia chegar, seguramente nós, os antropólogos gnósticos, teremos que suportar a mesma zombaria que Pasteur suportou quando falava de seus micróbios.
Mas um dia essas dimensões serão perceptíveis por meio da ótica e então a zombaria acabará. Já estão sendo feitas experiências para transformar as ondas sonoras em imagens e, quando isto for feito, poderemos ver todos os processos evolutivos e involutivos da Natureza. Então o Anticristo da falsa ciência será desnudado diante do veredicto solene da consciência pública.
Assim, existem dois tipos de ciência: a ciência profana e a ciência pura. Na ciência pura não existem teorias, mas fatos. Se eu dissesse a vocês que o Conde Saint-Germain viveu durante os séculos 15, 16, 17, 18 e 19 e que ainda vive, vocês me achariam louco. Conheço o Conde Saint-Germain, e dou testemunho disso. Vive sim, sustentado por uma ciência que vocês não conhecem, a ciência pura, a ciência do Super-Homem, a ciência que conhecem os extraterrestres que viajam através do espaço infinito, a ciência dos senhores da vida e da morte, a ciência daqueles que abriram a Mente Interior...
Aqueles que ainda não abriram sua Mente Interior se baseiam somente em teorias, em hipóteses que não comprovaram. Por que teríamos que aceitar todas as utopias materialistas? Por que teríamos que aceitar o dogma da evolução, o dogma tridimensional? Por que teríamos nós que viver dentro do mundo das hipóteses?
O cientista gnóstico tem sistemas diferentes para a investigação; temos disciplinas especiais que permitem ao ser humano pôr em atividade certas faculdades latentes no cérebro, certos sentidos de percepção completamente desconhecidos para a ciência materialista e que permitem verificar diretamente todas estas interrogações...
A RELIGIÃO
Se fizermos um estudo comparativo das grandes religiões, descobriremos que todas elas descansam sobre os mesmos pilares.RELIGIÃO provém do termo “RELIGARE”, ou seja, o objetivo fundamental de todo princípio religioso é “re-ligar-se”, voltar a se unir com sua própria Divindade, regressar ao ponto de partida original, ao SER da filosofia experimental.
Realmente, de fato, somente existe UMA só RELIGIÃO, ÚNICA E CÓSMICA. Esta religião assume diferentes formas religiosas segundo os tempos e as necessidades da humanidade.
Portanto, as lutas religiosas são absurdas, porque no fundo todas são unicamente modificações da RELIGIÃO CÓSMICA UNIVERSAL.
Isso que estamos afirmando tem seu máximo expoente na enorme semelhança simbólica e teológica de todas as religiões.
É evidente o amor que todas as instituições místicas do mundo inteiro sentem pelo Divino: ALÁ, BRAHMA, TAO, ZEN, I.A.O., INRI, MÔNADA, SER, DEUS etc.
Os Mártires, Santos, Virgens, Anjos e Querubins são os mesmos Deuses, Semideuses, Titãs, Sílfides, Cíclopes e Mensageiros da mitologia pagã.
A trimurti cristã, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, tem seu expoente em todas as trimurtis religiosas: Osíris, Ísis e Hórus, no Egito; Brama, Vishnú e Shiva, na Índia; Kether, Chokmah e Binah, na Cabala etc.
Todos os cultos têm seus Céus (dimensões superiores, Aeons da Cabala hebraica) e sua contraparte, os Infernos, conhecidos também como “Averno” (romano), “Tártaro” (grego), “Patala” (indiano), “Mixtlán” (asteca), “Xibalbá” (maia) etc.
Entre os Persas, Cristo é Ormuzd, Ahura-Mazda, o terrível inimigo de Arimã (o Satã que levamos dentro de nós). Entre os hindus, Krishna é o Cristo. O evangelho de Krishna é muito semelhante ao de Jesus de Nazaré. Entre os Egípcios, Cristo é Osíris, e todo aquele que O encarnava era, de fato, um Osirificado. Entre os Chineses é Fu-Hi, o Cristo Cósmico, que compôs o “I-Ching”, O Livro das Leis, e nomeou ministros dragões. Entre os gregos, o Cristo chamava-se Zeus, Júpiter, O Pai dos Deuses. Entre os astecas é Quetzalcoatl, o Cristo mexicano. Nos Eddas germânicos é Balder, o Cristo que foi assassinado por Hoder, Deus da Guerra, com uma flecha de agárico. Assim, poderíamos citar o Cristo Cósmico em milhares de livros arcaicos e velhas tradições que vêm de milhões de anos antes de Jesus.
Maria, a Mãe de Jesus, é a mesma Ísis, Juno, Deméter, Ceres, Maya, Tonantzin, etc., que recebem seu filho em uma imaculada concepção. Fu-Hi, Quetzalcoatl, Buda e muitos outros são o resultado de imaculadas concepções, que são realmente abundantes em todos os cultos antigos.
Maria Madalena é, fora de qualquer dúvida, a mesma Salambo, Matra, Ishtar, Astarté, Afrodite e Vênus de todas as religiões. Maria Madalena, a pecadora arrependida, é a mesma Gundrígia, a Kundri do drama wagneriano.
Todos os cultos antigos tentaram conduzir o homem à ÚNICA GRANDE VERDADE, e por isto é assombrosa a grande semelhança entre todas as formas religiosas, a repetição de símbolos, idéias etc.
Frases como: ”eu estou com a verdade” ou “minha religião é a única que serve” denotam soberba e uma supina ignorância.
Contudo, seguindo esta ordem de idéias, temos que levar em conta uma coisa extremamente importante: todos os preceitos, ensinamentos ou indicações dos cultos religiosos de nada servem, se não os experimentamos em nós mesmos...
Por isso, em questões de religião, estudamos a religiosidade em sua forma mais profunda. A Gnose estuda a Ciência das Religiões.
A religiosidade que possuímos é altamente científica. A Gnose não se conforma com aceitar a existência de um Deus sentado em um trono, julgando os vivos e os mortos. O gnóstico cria a fé a partir da experiência, da vivência, da comprovação, não de teorias.
Nos tempos atuais, a religião se divorciou da ciência e a ciência da religião. Uns lutam contra outros e outros contra uns. Todos se sentem de posse da verdade, ninguém se sente equivocado.
Contudo, a religião que despreza a ciência é uma religião oca, cem por cento fanática e dogmática. A ciência que rejeita a religião é uma ciência materialista, ateísta, carente totalmente de valores e princípios.
O bálsamo procurado por quem quer a verdade não está nos opostos. Tese e antítese devem tender à síntese; devemos entrar em um espiritualismo científico e uma ciência espiritual. É necessário deixar de lado o dualismo conceitual, é urgente e inadiável filiar-nos a um monismo transcendental, é necessária uma ciência religiosa e uma religião científica.
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