Os hábitos e costumes,também eram diferentes? E a violência?
Vejamos: Na época de Jesus,ele percorria cidades da Galileia e da Judeia,ambas eram locais insalubres,barulhentas e perigosas. Como muralhas cercavam essas povoações, o espaço era restrito. Quase não havia praças, quintais ou árvores. Todo terreno costumava ser ocupado por construções, que compartilhavam paredes. As portas abriam direto na rua. A violência era epidêmica, e não existia polícia. Logo, ninguém se arriscava sair na rua depois do anoitecer.
A imundície era generalizada,porque lixo e dejetos eram despejados na rua. Havia latrinas públicas em algumas cidades, mas elas eram evitadas pelas condições repulsivas. Os moradores tinham penicos,(que despejavam pela janela, não raro sobre a cabeça de alguém).
Até aí,me parece semelhante aos dias de hoje;é verdade que muita coisa melhorou mas,e a moral? Reportemos então:
No âmbito do Velho Testamento, havia a iniquidade, a injustiça,vícios, tais como, a mentira, a fraude, o adultério etc.,os maus pensamentos, os homicídios eram de ordem comum para os malvados e rebeldes, os ímpios e "pecadores",os amorais, imorais e os profanos.
Nesse caso,podemos entender tudo isso como mal da "consistência moral própria",simplesmente a ausência de virtudes.
Não havia moral a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Não fundava-se na observância da lei de Deus. Os homens daquela época procediam pelo mal quando tudo fazia e nunca pelo bem a alguém, porque não cumpriam a lei de Deus.
Sabemos hoje que,quem comete um crime grave está com a mente doente. Em algum momento da sua trajetória espiritual sua mente associou o objeto desse crime a alguma espécie de prazer, e, mesmo sabendo que está errado, o prazer que sente ou a promessa de um prazer futuro fala mais alto dentro de si.
Cometemos pequenos "crimes" todos os dias. Sempre que fazemos algo que consideramos errado ou quando deixamos de fazer algo que consideramos certo,daí, estamos cometendo pequenos "delitos" contra nós mesmos. Muitas pessoas ainda não despertaram a consciência, ainda não examinam a própria consciência, por isso não sofrem, pelo menos não conscientemente.
Mas quem já tem bem claro dentro de si o que convém e o que não convém, o que deve ser feito e o que não deve ser feito, não tem como enganar a si mesmo. Cada erro que comete, por menor que seja, é imediatamente percebido e registrado pela consciência. É claro que, por ainda estarmos muito longe da perfeição, é normal que ainda cometamos deslizes. Mas não podemos continuar a fazer aquelas coisas que já nos propusemos várias vezes a não fazer.
Não faça aos outros o que você não quer que seja feito a você,com isso,esse esforço deve ser diário, permanente, sem trégua,agora,a pergunta que não quer calar é: Se o problema é ético e moral,o que faz distinguir o bem do mal? Do justo do injusto? O certo do errado? O que é permitido e do que é proibido? Se ainda erramos,que moral temos para cobrar dos outros virtudes que não temos?
Todo erro traz fraqueza. Cada vez que cometemos um erro nos sujeitamos à fraqueza.
Quero com isso me referir aqui o caso do medico ciclista da Lagoa,Jaime Gold, de 57 anos, que morreu esfaqueado na Lagoa, na Zona Sul do Rio, não resistiu aos ferimentos e morreu na quarta-feira,20/5/2015.Segundo os noticiários,a vítima não teria reagido ao assalto, mas, mesmo assim, foi atacado e o garoto,de apenas 13 anos foi preso como "suspeito" do crime ou seja,não se tem certeza que foi ele.
Embora não seja proibido ter opinião, é preciso, ao externalizá-la, usar a caridade e o não julgar. Exatamente! Não julgar, porquanto não conhecemos a verdade, não sabemos mesmo se foi o garoto o autor do crime, e diante de nossa ignorância não podemos emitir palavras apenas por emitir, sem compromisso com a caridade, ou pensamentos que só irão afetar os envolvidos em tão trágico acontecimento.
Por outro lado,será que este médico,em vidas passadas não tirou a vida de muita gente pela espada,pela "faca" e na "erraticidade",será que reconheceu seus erros e pediu que viesse como médico para "compensar" as vidas tiradas e claro,morrer pela "faca"? A lei é justa e implacável! Aqui se faz,aqui se paga!
Mais uma vez,estamos imprudentemente "malhando um Judas Brasileiro" sem conhecimento de causa,esquecendo que Jesus não veio para os "sadios" e sim pelos os "doentes",como também não devemos somente orar pelos amigos, mas principalmente pelos os "inimigos". Na verdade, ninguém entra numa igreja para orar pelo bem de uma pessoa,mas vai a "macumba" para pedir o mal de outra.
Vivemos na lei de talião,do olho por olho dente por dente,consistindo na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. Esta lei é frequentemente expressa pela máxima das mais antigas leis ainda existentes.
Com tudo isso,será que foi em vão a vinda de cristo?
Este garoto de apenas 13 anos de idade, precisa de muita oração e doutrinação,pois sabemos que ele no reformatório sairá pior do que entrou e quem ou o que o corrigirá?
Somos seres pensante, e nosso pensamento tem enorme poder, atingem o outro, colaboram ou ajudam a desestabilizar almas que já estão em conflito.
É muito bonito falar de Jesus da bôca pra fora,mas falar com coração é difícil. Quando temos a oportunidade de aplicar o evangelho,que é um código de moral deixado por Jesus,simplesmente perdemos uma ocasião favorável,possibilidade de aplicar e melhorar.
Não podemos ser homens "santos" dentro da igreja e "capeta" do lado de fora.
Observe que temos grande responsabilidade sobre o que pensamos, as atitudes têm início sempre em nossa mente. Daí porque devemos ter a prudência para não lançarmos dardos mentais aos espíritos envolvidos em acontecimento tão doloroso. Infelizmente nossos pensamentos e ações são um tanto quanto indisciplinados e nada caridosos, e em face de atitudes infelizes dos outros lá estamos nós a lançar nossos julgamentos, não raro impiedosos.
Espíritas! Amai-vos e instruí-vos!
Neste sentido, diz León Denis, importante filósofo espírita francês: “Gravados em si todo ser humano traz os rudimentos da lei moral”. Interessante observar que, para o espiritismo, mesmo aquelas pessoas que não demonstram possuir consciência moral e que, por esta razão, apresentam comportamentos amorais ou imorais, mesmo estas pessoas, diz o espiritismo, possuem consciência moral, apesar de não manifestada ou exercitada.
Realmente é lamentável a mensagem de mais de 2000 anos,onde o Mestre dos mestres que pedia: "Amai-vos,uns aos outros como eu vos tenho amado,pois prova de amor maior não há ..."
Bem, tendo Jesus como modelo e guia o Espiritismo ensina que,"devemos embainhar a nossa espada; pois todos os que lançam mão da espada pela espada morrerão!"
É melhor ter o consolo numa doutrina de amor do que se alimentar de raiva,onde o ódio,aos poucos vai corroendo a alma.
No caso dos vícios,das iniquidades, das injustiças,das mentiras, das fraudes, dos adultérios, dos maus pensamentos, dos homicídios, dos desejos desenfreados e etc.,a cada vez recaímos num erro que havia se proposto a superar, a cobrança interna é imediata. A nossa auto-reprovação será muito mais intensa do que o eventual prazer proporcionado pelo próprio erro.
Persistir no erro, então, é burrice. Mais que isso, é um atentado contra a nossa consciência.
A nossa existência atual vai passar rápido. Vivemos dias muito dinâmicos, o tempo voa. Se você quer voltar para o plano astral um pouco melhor do que quando chegou ao plano físico, deve respeitar o tempo e não deixar para vencer a si mesmo depois.
A vitória sobre nós mesmos deve ser diária, permanente. Não se permita errar indefinidamente.
Respeite-se,porque em matéria de evolução não evoluímos em nada.
Atire a primeira pedra quem não tiver "pecado"!
Será que a nossa vida não é um reflexo do tempo de Jesus? Será que ainda é a mesma dos dia de hoje?
FONTES CONSULTADAS:
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