A força criativa cósmica primitiva no antigo egito era chamada de Rá. Essa força primordial é masculina e ativa, sendo a responsável pela ativação da potência vibratória que se expandiu por toda a manifestação. Sendo a energia de Rá uma força ativa, ela se complementa a partir da interação com uma outra força cósmica, também participante do ato de manifestação do Universo. Essa outra potência cósmica primitiva é Ma.
A energia de Rá é representada nas tradições esotéricas como uma reta na vertical. Essa reta seria descendente, o que indica a expressão de uma energia superior rebaixando-se ao nível da manifestação, que se encontra num plano inferior, o plano manifesto. Daí a crença de que o prefixo Ra tenha originado a palavra “raio” em português.
No antigo egito, a energia solar era considerada uma das manifestações da energia primordial de Rá. Alguns estudiosos confundem Rá com o sol ou seus raios, mas na filosofia egípicia é reconhecido que Ra está além da manifestação visível, não podendo se resumir a um aspecto dessa manifestação.
Ainda dentro da tradição egípcia, existem 75 formas ou aspectos de Ra. Os neteru (ou deuses no antigo egito) seriam aspectos de Ra e teriam participado do processo da Criação Universal através da potência energética de Ra. Tanto que a palavra Ra é incorporada ao nome desses neteru ou deuses no egito antigo. São exemplos Amem-Ra, Ra-Atum, Ra-Harakhte, etc. No mito egípicio de Ra e Ísis está expressa a seguinte passagem: Tenho multiplos nomes e múltiplas formas. Além disto, Ra é frequentemente representado como um grande escaravelho preto, sentado no barco solar, girando um grande disco solar. O nome egípcio para Escaravelho em egípicio é Khepri, uma palavra de vários significados que significa mais ou menos “aquele que cria”.
Nos artigos de José Laércio existem referências sobre a interação de Ra sobre Ma em relação ao “instante” cósmico de criação:
Rá / Ré
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