segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Poder de Ra

A força criativa cósmica primitiva no antigo egito era chamada de Rá. Essa força primordial é masculina e ativa, sendo a responsável pela ativação da potência vibratória que se expandiu por toda a manifestação. Sendo a energia de Rá uma força ativa, ela se complementa a partir da interação com uma outra força cósmica, também participante do ato de manifestação do Universo. Essa outra potência cósmica primitiva é Ma.
A energia de Rá é representada nas tradições esotéricas como uma reta na vertical. Essa reta seria descendente, o que indica a expressão de uma energia superior rebaixando-se ao nível da manifestação, que se encontra num plano inferior, o plano manifesto. Daí a crença de que o prefixo Ra tenha originado a palavra “raio” em português.
No antigo egito, a energia solar era considerada uma das manifestações da energia primordial de Rá. Alguns estudiosos confundem Rá com o sol ou seus raios, mas na filosofia egípicia é reconhecido que Ra está além da manifestação visível, não podendo se resumir a um aspecto dessa manifestação.
Ainda dentro da tradição egípcia, existem 75 formas ou aspectos de Ra. Os neteru (ou deuses no antigo egito) seriam aspectos de Ra e teriam participado do processo da Criação Universal através da potência energética de Ra. Tanto que a palavra Ra é incorporada ao nome desses neteru ou deuses no egito antigo. São exemplos Amem-Ra, Ra-Atum, Ra-Harakhte, etc. No mito egípicio de Ra e Ísis está expressa a seguinte passagem: Tenho multiplos nomes e múltiplas formas. Além disto, Ra é frequentemente representado como um grande escaravelho preto, sentado no barco solar, girando um grande disco solar. O nome egípcio para Escaravelho em egípicio é Khepri, uma palavra de vários significados que significa mais ou menos “aquele que cria”.
Nos artigos de José Laércio existem referências sobre a interação de Ra sobre Ma em relação ao “instante” cósmico de criação:
No momento em que a ação de RA (= consciência) se fez sentir no seio de MA houve o princípio, o primeiro evento da creação, então a primeira LUZ (= vibração) surgiu, embora nesta etapa ela ainda fosse indetectável. Ocorreu, assim, o primeiro ponto de creação que por isto pode ser representado por um ponto dentro de um círculo (Fig. 2). Naquela etapa já existia algo embora imanifesto. Existia porque a ação de RA sobre MA já se fizera sentir, embora nada pudesse ser ainda detectado, por carência de polaridade (Era a fase um do evento).Graficamente a representação do “um” é um ponto dentro de um círculo. Este símbolo representa o “UM”, quer em nível de Transcendência (Ser com dois atributos Ra e Ma) ou a sua manifestação na Creação como origem potencial de tudo quanto há (Ação de Purucha sobre Prakrit i – termos baseados da doutrina védica).”
Rá / Ré
r
a
N5
Z1
C2

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