segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

RESSONÂNCIA & HARMÔNICOS



O fenômeno de indução relaciona-se com a noção de harmônicos e ressonância. Uma onda caracteriza-se por um tom fundamental, que a notabiliza no contexto das vibrações. Mas em seu âmago ressoam também ondas menores de mais baixa amplitude e comprimento. Cada onda menor é um harmônico que se acha embutido na onda fundamental, que é a sua tônica. No caso dos sons, é a maneira como se distribuem os harmônicos que mais caracterizam o timbre de uma mesma nota musical soada por instrumentos diferentes.

Quando a onda atinge uma estrutura semelhante àquela que a veiculou no meio etérico, por indução faz com que essa outra estrutura passe a vibrar em consonância com suas características. Ambas as estruturas encontrarão maior eficiência na transmissão da energia conforme mais se aproximem de uma freqüência denominada freqüência de ressonância. Conforme variam as estruturas que emitem ondas, varia também a freqüência em que o fenômeno da ressonância ocorre.

No caso de duas mentes, o pensamento de uma irá induzir um pensamento semelhante em outra com maior ou menor eficiência conforme estejam elas naturalmente mais ajustadas ou não para a freqüência de ressonância entre si. Por isso há indivíduos que se entendem antes do final da frase. Chega mesmo a haver o fenômeno da telepatia. Infelizmente, é pelos mesmos fundamentos que ocorrem também induções prejudiciais e até processos obsessivos.


A indução do pensamento, bem como a ressonância de mentes sintonizadas, leva, também, a outro campo de fenômenos muito importantes no estudo comparado do Espiritismo: as formas-pensamento. Como já vimos, trata-se da capacidade de modelagem dos fluidos, já bem descrita nos textos de Kardec.

Merece ser acrescido, agora mais pertinentemente à ressonância, que o pensamento modela fluidos, induz pensamentos de semelhante natureza e, por ressonância, reafirma-se no contexto de outras mentes inclusive na modelagem de fluidos. Assim, o pensamento modela fluidos em consonância com outros pensamentos, que passam a colaborar na modelagem conjunta desses fluidos. Várias mentes passam a compor formas-pensamento conjuntamente, mesmo que não tenham a intenção ou mesmo consciência disso.

Emitindo uma idéia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, idéia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir.
É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta o Espírito no mundo das formas-pensamentos, construções substanciais na esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha. Isso acontece porque, à maneira do homem que constrói estradas para a sua própria expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa libertação no rumo dos planos superiores ou estaciona nos planos inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés.
(Mecanismos da Mediunidade - André Luiz  – Pág. 42 – grifei)

A fenomenologia de modelagem fluídica e construção conjunta de formas-pensamento constituem aspectos comuns na interação entre os seres, estejam na erraticidade, estejam encarnados.

A partícula de pensamento, pois, como corpúsculo fluídico, tanto quanto o átomo, é uma unidade na essência, a subdividir-se, porém, em diversos tipos, conforme a quantidade, qualidade, comportamento e trajetórias dos componentes que a integram.
E assim como o átomo é uma força viva e poderosa na própria contextura, passiva, entretanto, diante da inteligência que a mobiliza para o bem ou para o mal, a partícula de pensamento, embora viva e poderosa na composição em que se derrama do Espírito que a produz, é igualmente passiva perante o sentimento que lhe dá forma e natureza para o bem ou para o mal, convertendo-se, por acumulação, em fluído gravitante ou libertador, ácido ou balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante, vivificador ou mortífero, segundo a força do sentimento que o tipifica e configura, nomeável, à falta de terminologia equivalente, como “raio da emoção” ou “raio do desejo”, força essa que lhe opera a diferenciação de massa e trajeto, impacto e estrutura.

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